Durante um debate em uma universidade,
nos Estados Unidos, pediram ao senador do Brasil, Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque, o que ele pensava sobre a internacionalização da Amazônia. Um
norte-americano nas Nações Unidas introduziu a pergunta, dizendo que esperava a
resposta de um humanista e não de um brasileiro.
Esta
foi a resposta do Sr. Ricardo Cavalcanti Buarque Cristovam:
Na
verdade, como brasileiro, apenas falar contra a internacionalização da
Amazônia. Por
mais que nossos governos não cuidar adequadamente para esse patrimônio, ele é
nosso.
Como
humanista, sentindo o risco da degradação ambiental sofrida pela Amazônia,
posso imaginar a sua internacionalização, bem como tudo o resto, é de suma
importância para a humanidade.
Se
a Amazônia, a partir de uma ética humanista, deve ser internacionalizada,
internacionalizemos também as reservas de petróleo no mundo.
O
petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para
o nosso futuro. Apesar
disso, os proprietários criaram reserva o direito de aumentar ou diminuir a
produção de petróleo e seu aumento de preços ou não.
Da
mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se
a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos e não ser queimado apenas
pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar
a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias
dos especuladores globais.
Não
podemos permitir que as reservas financeiras sirvam para queimar países
inteiros na volúpia da especulação.
Além
disso, antes da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de grandes
museus do mundo. O Louvre não deve
pertencer apenas à França. Cada
museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não
posso deixar esse patrimônio cultural património natural, como a Amazon, seja
manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Não
faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de
um grande mestre. Esse quadro
deveria ter sido internacionalizado.
Durante
este encontro, as Nações Unidas estão perseguindo o Fórum do Milênio, mas
alguns presidentes de países participantes tinham dificuldades, devido a
situações desagradáveis decorrentes da fronteira com os EUA Então,
eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser
internacionalizada. Pelo
menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade.
Da
mesma forma que Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília ... cada
cidade, com sua beleza específica, história do mundo, deveria pertencer ao
mundo inteiro.
Se
os Estados Unidos querem internacionalizar a Amazônia, para evitar correr o
risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os
arsenais nucleares. Basta
pensar que eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando
uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas
nas florestas do Brasil.
Em
seus discursos, os atuais candidatos à presidência dos Estados Unidos têm
defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca
da dívida.
Vamos
começar usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha a
oportunidade de comer e ir para a escola. Internacionalizemos
as crianças, tratando-os todos, independentemente do país de seu nascimento,
como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Muito mais do que a Amazônia
merece. Quando
os líderes tratam as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade,
não vai permitir que elas trabalhem quando deveriam estudar, morram quando
deveriam viver.
Como
humanista, aceito defender a internacionalização do mundo, mas, enquanto o
mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia é nossa. Só nossa!
NOTA:
Este artigo apareceu no New York Times, Washington Post, EUA hoje e jornais de
maior circulação na Europa e Japão.
Mas,
no Brasil e em outros países na América Latina, este artigo não foi publicado. Ajude-nos a difundi-lo.
Obrigado!